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O trajeto hist¨®rico dos m¨¦todos de identifica??o criminal em Portugal

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Miranda D (2014) O trajeto hist¨®rico dos m¨¦todos de identifica??o criminal em Portugal. In: Machado H & Moniz H (eds.) Bases de Dados Gen¨¦ticos Forenses: Tecnologias de Controlo e Ordem Social. Coimbra, Portugal: Coimbra Editora, pp. 307-345. https://www.almedina.net/bases-de-dados-gen-ticos-forenses-tecnologias-de-controlo-e-ordem-social-1563855321.html

Abstract
A necessidade de identificar os autores de crime tem-se verificado ao longo da hist¨®ria e, para tal, servem de exemplo algumas formas arcaicas de identifica??o criminal como o cabelo rapado, as marcas ou at¨¦ as mutila??es corporais. As letras marcadas com ferro quente na pele dos criminosos eram uma pr¨¢tica habitual em Portugal e apenas no s¨¦culo XVI, no reinado de D. Jo?o III, foi ordenada a extin??o deste costume (Pina, 1938). A partir do s¨¦culo XIX as pr¨¢ticas de recolha e sistematiza??o de informa??o sobre os suspeitos e/ou condenados pela pr¨¢tica de crime t¨ºm vindo a desenvolver-se com o recurso ¨¤ ci¨ºncia e ¨¤ tecnologia. Tem-se assistido ¨¤ recolha, armazenamento e classifica??o de informa??o de car¨¢ter f¨ªsico, visual e biol¨®gico. Se dado corpo ¨¦ identificado e classificado como suspeito ou mesmo criminoso, o Estado torna essa identidade suspeita vis¨ªvel e sujeita-a a pr¨¢ticas de vigil?ncia, monitoriza??o e controlo. Inicialmente recorreu-se ¨¤ antropometria para medir os corpos de indiv¨ªduos condenados a pena de pris?o e registar sinal¨¦ticas particulares. O sistema antropom¨¦trico implementado no in¨ªcio do s¨¦culo XX em Portugal assumiu-se como m¨¦todo oficial na identifica??o de condenados por crime at¨¦ se popularizar o uso da impress?o digital. A datiloscopia teve um desenvolvimento mais r¨¢pido do que a antropometria e o recurso ¨¤s impress?es digitais foi rapidamente incorporado nas pr¨¢ticas policiais, sendo que o seu uso perdura at¨¦ ¨¤ atualidade. Na passagem do s¨¦culo XX para o s¨¦culo XXI surgem os m¨¦todos de identifica??o baseados na gen¨¦tica, nomeadamente a identifica??o de indiv¨ªduos por perfis de DNA. Apesar destas sucessivas transforma??es em termos cient¨ªficos e tecnol¨®gicos, estas pr¨¢ticas procuraram sempre inscrever, codificar e documentar os suspeitos e/ou condenados pela pr¨¢tica de crime. Para analisar este trajeto dos processos de identifica??o criminal em Portugal foi consultada legisla??o e outra documenta??o relevante. ? de real?ar a consulta de registos e processos individuais de reclusos no Arquivo Hist¨®rico dos Servi?os Prisionais ¡ª Norte (Dire??o-Geral dos Servi?os Prisionais) no Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo entre fevereiro e mar?o de 2012.

StatusPublished
Funders
Publication date31/12/2014
Publication date online09/06/2014
URL
PublisherCoimbra Editora
Publisher URL
Place of publicationCoimbra, Portugal
ISBN9789723222258

People (1)

Dr Diana Miranda

Dr Diana Miranda

Senior Lecturer, Sociology, Social Policy & Criminology